Estou lendo "Da brevidade da vida", de Sêneca.O livro fala do quanto perdemos tempo (precioso tempo) com preocupações vãs, problemas pequenos, ócio, trabalho demasiado, tentando consertar coisas, dar explicações, achar sentido, etc. Em certo momento o autor diz, "Como mortais, vos aterrorizais de tudo, mas desejais tudo como se fôsseis imortais". E também, "Pequena é a parte da vida que vivemos, porque o resto é tempo, e não vida!" Sábias palavras!" Decerto você também concorda. Então me vem a pergunta, "se sabemos que tá errado, por que não mudamos?" Nos últimos dias venho tentando usar essa reflexão na prática, e o resultado, acreditem, é surpreendente! Quando estou demasiado preocupado com algo lembro que a vida é curta, e que o problema que, as vezes, a solução se quer depende de mim, quer eu queira ou não, vai passar, e a vida vai seguir seu curso e logo ele será apenas mais uma lembrança. Com isso não quero dizer que a inércia vá resolver seus problemas, mas quando comparo essas coisas a importância que tem minha vida, a preciosidade do tempo que tenho, aos meus sonhos, as pessoas que amo, o problema se apequena e eu começo a rir de mim mesmo! Não quero - e que Deus me ajude para que isso não aconteça! - ser uma pessoa frustrada na velhice por ter abdicado dos meus sonhos, não ter declarado meu amor a quem gostaria, ter desperdiçado meu tempo com coisas inúteis... Enfim, por não ter vivido de fato. Outra frase do autor resume bem tudo isso que tentei dizer: "Ó, quão tardia ação é começar a vida quando vai acabar!" Pense nisso! Lembre-se que a vida é grande demais para coisas pequenas e curta demais para longas preocupações!



